sábado, 16 de julho de 2011

um passeio pelas lembranças


Um dia igual a tantos outros, mas sempre existe um momento especial, que vem sempre à tona nas conversas diárias, um passado que nos faz reviver os momentos simples, mas rico de valores do qual lembrar  nos trazem felicidades.
O CMPCB foi e é um colégio que sempre recebeu todos os estudantes de Pojuca e cidades circunvizinhas. Qual o filho pojucano que nunca estudou no Castelão, a partir da década de 60? Pois bem, sabemos que não dá para falar de tudo, mas daquilo que talvez esteja um pouco guardado na memória.
Nos intervalos das aulas do Castelão, ainda não havia merenda distribuída pelo governo, nós tínhamos levar ou comprar a nossa própria merenda na cantina ou no portão do colégio. No portão estavam os vendedores do qual tinham cadeira cativa e freguesia certa. E eu, como tantos outros, colegas também já tínhamos as nossas preferências. Engraçado, era merenda de sabores não tão iguais aos dias de hoje, mas tinha um sabor todo especial e diferente ao mesmo tempo. Entre tantas iguarias tínhamos: bolinho de estudante, cavaco, pirulito de mel, quebraquixo, doce de tamarindo, doce de leite, lelê, mingau de milho, carimã, tapioca, sardinha frita, bolinho de chuva, cocada, banana real, beiju, bala de jenipapo,...; das frutas cajarana, tamarindo, goiaba e outras tantas quando da época.
Quem não se lembra do Sr. Benvindo? Este com o seu guarda pó branquinho, lá estava ele vendendo o seu quebra queixo. Dona Tidinha com o seu tabuleiro de quitutes inigualáveis vendendo abará, acarajé e bolinho de estudante que ainda continua vendendo ao lado do elefantão. Sr. Nelson com o seu carrinho de mão que mais parecia uma loja de doces que tinha de tudo, pois ele não deixava nada faltar, para não perder a sua freguesia, da bala apache, soft, pirulito de mel ao docinho de paçoca, da fruta ao doce da fruta. Da senhora Bilú com o seu delicioso cavaco, e pastéis. E da dona Áurea com as suas iguarias na palha entre tantos outros.
Na cantina do Sr. Torrés lá havia outras variedades que faziam o diferencial, mas o bolinho de arroz, hummm! Era o preferido por todos.
Saudades daquele tempo que os anos não trazem mais! E que a infância e a adolescência vivida por  nós tinham um sabor todo especial.
De lá para cá o Castelo Branco sofreu muitas modificações no seu espaço físico,e de pessoal. A clientela estudantil já está pra lá da terceira geração. Enfim, de tudo vivido por nós da primeira e segunda geração muita coisa se modificou desde as brincadeiras, as travessuras...
Contudo, é sempre bom nos reportarmos ao passado e lembrar do modo e das pessoas que fizeram parte dessa história. História do “sabor de fantástico amigo... e o querer viajar nesse balão”....
Com o crescimento da nossa pequena cidade vivemos um mundo moderno, no qual as lembranças do passado feitas por pessoas simples talvez estejam distante de alguns jovens que não tem tempo de viver essas lembranças pois, estão mergulhados nos jogos eletrônicos da vida moderna da tecnológica.
A magia virou um saco; viver sem vergonha é pagação de mico. . .
Tania Hosana.

sexta-feira, 15 de julho de 2011