Escrever sobre a nossa
cidade não é tarefa difícil; Basta um passeio pelas lembranças da nossa
infância, juventude, vizinhos, amigos e algumas leituras logo vem à memória
muita coisa para contar.
Assim, das minhas lembranças
e dos relatos ouvidos, já recontei algumas ou muito das lembranças de outrora da
nossa cidade. Mas hoje, volto a escrever em homenagem aos seus cem anos de
emancipação política.
Pojuca nasce às margens
do rio, o qual tem o mesmo nome, Rio Pojuca; Cidade hospitaleira e acolhedora
outrora princesinha do petróleo.
O lugarejo dá lugar a
Passagem, graças aos boiadeiros que por aqui passavam para abastecerem-se das
águas do rio e das suas fontes de água frescas e cristalinas. De Passagem,
a Vila foi cresceu: das ruas iluminadas pelos candeeiros, das ruas esburacadas e
de quando em tempo lamaçal, eis que surge a cidade que foi dando lugar às ruas
esburacadas ao paralelepípedo, as casas de pau a piquei, às casas de platibanda
e que com a chegada da energia veio o progresso.
Quem não conheceu Dona
Helena Teixeira, também conhecida como Helena Calado. Uma senhora distinta
moradora a Rua Antônio Mota que veio a falecer em janeiro 2010 nas vésperas dos
seus 100 anos. Dona Helena professora leiga, figura muito simpática e respeitada recebia a todos
que batiam a sua porta com grande entusiasmo, contava da sua infância, dos
tempos vividos na Fazenda Pau d'arco da qual usufruía das riquezas produtivas da terra, falava
de seus amigos, do crescimento da nossa cidade, mostrava com muita alegria seus
bordados e costuras e que com todas as suas primaveras desfrutava de uma
memória brilhante.
Pois bem, entre tantos
outros moradores antigos da nossa cidade destaquei Dona Helena, pelo seu
centenário próximo ao centenário de Pojuca, que da sua infância a sua velhice
testemunhou o desenrolar do crescimento da cidade. Ressalto também o senhor
José Lemos de Santana filho desta cidade um memoralista nato, que das suas
literaturas “Bambangas” conta e reconta em versos e prosa passagens vividas
pelos seus familiares, amigos, conhecidos, eventos, cotidiano e forasteiros; uma
obra que merece um reconhecimento da comunidade pojucana.
Quem da geração atual
nunca se ouvia falar do campo de futebol. Pois sim, lá pelas décadas de 20 até
o inicio de 30, havia um hipódromo. Sim, um hipódromo! Em volta do campo de
futebol, localizado do outro lado da linha de ferro, encostado ao cemitério.
Daí poder entender o gosto da geração que seguiu pelos cavalos como: corridas,
cavalgadas, bolão, vaquejada, corrida de argolinha, rodeio, apartação, pisada e
tantos outros esportes voltados ao hipismo.
Quem da cidade não
viveu o drama das enchentes! O rio começava a ingurgitar em seu leito, depois
ultrapassava campos, quintais, atravessa o cais e a cidade estava inundada. O
comercio paralisava, casas destruídas, estragos infindáveis. Os pais ficavam
preocupados com as perdas e com os filhos, isso porque, para garotada era motivo
de brincadeira e distração em curtir as águas das enchentes nas ruas principais
da cidade.
Dos tempos de infância,
juventude, eventos e personalidades marcantes a família pojucana tem muito para
relembrar e contar para a geração atual.
Quem não ganhou os
quintais das casas vizinhas para o deleite das frutas de época; Quem não viveu
as brincadeiras de botão, furão, baleado, pílula, de roda, de anelzinho, alugar bicicleta que para quem não tinha uma era tudo de bom! ...
As brincadeiras eram irradiantes dentro das regras adotadas por todos que ao
sair da escola já tinha horário marcado. A noitinha ainda não havia televisão em
casa de todos, muito menos computador. Assim, as mães sentavam as suas portas
de casas e os causos rolavam. A praça virou artigo de luxo para os finais de
semana, quando a mãe deixava ir, para brincar no parque.
Na juventude vieram as
casas noturnas; Kurral, o Japeaçu, o Bar de Bileu na INOCOOP e outros. O Clube
AIP que tem muito para contar! Lá a sociedade pojucana viveu tempos áureos: nos
bailes de carnaval, preto e branco, e tantas outras festas magníficas como:
concurso de miss, rainha e princesas da micareta - festa também conhecido pelos
mais antigos de como micarane.
Da culinária de alguns
doces que se faziam presentes nos lanches da escola: O quebra queixo de Sr. Benvindo, o
pirulito de Dona Dina, a banana real do Sr Nelson, a cocada da Nieta, os bolos deliciosos de Dona Nita, a
pipoca, a taboca, o geladinho... Passar à
tardinha na padaria de Sr João e dona Maria para comer um pãozinho doce, era
tudo de bom! E o acarajé de Dona Odete no cruzeiro e o de dona Tidinha no
centro. Tomar um picolé no bar de Sr, Mudinho ou do Sr. Cravo na Cruzeiro ...
O comercio era pequeno, mas tinha de tudo para satisfazer a última moda que mais parecia à primeira. Loja do Sr Jonas, Sr Sebastião, Sr Murço como era conhecido. Algumas senhoras traziam roupas de encomenda para vender em domicilio. Olha eram novidades, uma após outra! E a primeira Butique foi a de Dona Dulce. Já os homens usavam roupas de encomenda das alfaiatarias da cidade. A farmácia do Sr Apamnondas mais parecia um boticário, do remédio a perfumaria de tudo se encontrava. Havia alguns Armazéns que se destacavam no comercio: Do Sr Paizinho, Trinchão, Chico de Abreu como era conhecido, do Sr Zequinha e o Sr Zinho. Quem da geração de 60 e 70 não usou um tamanco fabricado pelos Srs. João Pretinho e José Seleiro. Até a década de 60 ainda não tinha maternidade e a população contava com o apoio de duas parteiras famosas: Dona Helena e Dona Maria José. O medico Dr. José. E os Dentistas Dr. Alziro e Jurandir. Ainda tinha o Alambiquei para as vendas de bêbedas destiladas e o famoso licor.
O comercio era pequeno, mas tinha de tudo para satisfazer a última moda que mais parecia à primeira. Loja do Sr Jonas, Sr Sebastião, Sr Murço como era conhecido. Algumas senhoras traziam roupas de encomenda para vender em domicilio. Olha eram novidades, uma após outra! E a primeira Butique foi a de Dona Dulce. Já os homens usavam roupas de encomenda das alfaiatarias da cidade. A farmácia do Sr Apamnondas mais parecia um boticário, do remédio a perfumaria de tudo se encontrava. Havia alguns Armazéns que se destacavam no comercio: Do Sr Paizinho, Trinchão, Chico de Abreu como era conhecido, do Sr Zequinha e o Sr Zinho. Quem da geração de 60 e 70 não usou um tamanco fabricado pelos Srs. João Pretinho e José Seleiro. Até a década de 60 ainda não tinha maternidade e a população contava com o apoio de duas parteiras famosas: Dona Helena e Dona Maria José. O medico Dr. José. E os Dentistas Dr. Alziro e Jurandir. Ainda tinha o Alambiquei para as vendas de bêbedas destiladas e o famoso licor.
Na política quando da ditadura militar na década de 60
Pojuca foi governada por três prefeitos interinos destaco: José Vardes, Antônio
Batista dos Santos e Sr. Fernando Pereira. Como prefeitos seguindo seus
mandatos completos tiveram: Walter Mansur, Maria Luiza Laudano, Eudes Guimarães.
Dr. Luís Leite, Gerusa Laudano. Já em 2005 houve uma divisão de mandato por conta
do movimento partidário e Dr. Toinho
entrega o mandato ao Duda leite.
Assim, recontar um pouco
da história da cidade pelos seus 100 anos de emancipação política faz viver e
reviver um pouco das lembranças nossa de cada dia.
Em cada canto desta
comunidade há um olhar múltiplo de cada cidadão pojucano, das personalidades
que marcaram épocas, das pessoas simples, e de todos os políticos. A vida
cotidiana de cada um compõe a história fazendo também a história de todos nós
que aqui vivemos e dos que viveram deixando suas marcas.
As marcas de um passado distante, um presente pleno, e um futuro ainda por viver nesta cidade de pântano podre e de
águas límpidas.
E hoje, Pojuca tem uma
nova imagem da qual veste a cara da nova juventude, pois das
personalidades simples aos políticos a cidade segue fazendo a sua historia a historia do nosso povo, da nossa gente!
Tania Hosana.