A cidade de Pojuca celebra mais um ano de emancipação política.
E da sua outrora titulação de princesinha do petróleo hoje uma
senhora de 102 anos.
A luta pela emancipação
durou alguns anos. Em 1789 dar-se criação da Freguesia de Santana do
Catu, por Dr. Antonio Correia. Em julho de 1868 desmembramento da
Vila de Catu do Município de São Francisco do Conde. Em setembro de 1892
criação do 2º Distrito de Paz de Pojuca. Em 1904 ergue-se a freguesia do Bom
Jesus da Passagem e em 29 de julho de 1913, acontece o grande momento
histórico a emancipação.
“Há oito engenhos de
fazer Açúcar, a saber: Laranjeiras, da Pojuca, do Retiro da água Boa, Pimentel,
Laranjeiras Nova, Papassu, Terra Nova e das Religiosas de Nossa Senhora do
Carmo. Distam um do outro entre uma a duas léguas. Estes engenhos são as
maiores povoações de que compõem esta freguesia, porque alem de serem os seus
senhores pessoas distintas, trabalham nesta oficina grande quantidades de
escravos e muitos homens forros, havendo também muitos lavradores de cana que
plantam para moerem nos ditos engenhos, dando-lhes a meação do açúcar como é
estilo vivendo estes em suas fazendas distintas que fazem corpo com os mesmos
engenhos. De 62 sítios compõem esta freguesia, que não chegam a ter nome
de lugar, nem povoação, pois o maior deles não passa de oito vizinhos que vivem
de plantar mandioca para fazer farinha. Há nesta freguesia três capelas filiais:
A de Nossa da Soledade, sita no Engenho do Retiro; A de Nossa das Mercês, no
Engenho de Pojuca e a de Nossa Senhora do desterro no Engenho das Laranjeiras”.
Reverendo Felipe de
Barbosa da Cunha – século XVII, em 1757 ao Rei de Portugal.
De Arraial a cidade o
pequeno aglomerado de choupanas e encontros de tropeiros as margens
do Rio Pojuca, surge a “Passagem” apoio para as tropas
e boiadas num indo e vindo do sertão. Núcleo que aos poucos vai se organizando
em volta da construção da Capela de taipa com a invocação ao Bom Jesus... Tem seu ponto alto nos sábados com a feira e o comercio que vai se
desenvolvendo.
Em 1888 segundo
Durval de Aguiar “ o importante Arraial de Pojuca” possui 4.197 habitantes.
Assim, com o crescimento da população o Conselho Municipal da Vila de Santana
de Catu, conferiu ao Arraial em 5 de setembro de 1892 a instalação do segundo
Distrito de Paz.
Como declínio da
economia açucareira o sustento de vida da população da Vila
passou a ser com o plantio da mandioca, juntamente com comercio do leite,
madeira, cereais, numa pequena escala. De uma maneira em geral o
trabalhador plantava, colhia e transportava seus produtos em
animais ou pela via férrea. O produto em especial a farinha de mandioca
era vendida na Vila e transportada para as cidades vizinhas e a capital e
para o sertão via Juazeiro. Uma rotina que só era quebrada quando das
enchentes dos rios Pojuca e Catu. A vila crescia com o seu
comercio interno e o surgimento de outros vários produtos de necessidades
imediatas mercantilizadas na feira local.
Do franco
desenvolvimento de Pojuca, da falta de manutenção nas estradas e da falta
de interesses levou a população a pensar em emancipação.
A frente da emancipação
esteve Coronel Carlos Pinto, forte comerciantes e político influente
apoiado com outros cidadãos da Vila. Com a passagem candidato
Seabra em campanha política para governador, pela Vila de Pojuca a cidade de
Alagoinhas. Nessa parada e em cortejo com a Filarmônica “ recreio Jovial”
para um almoço a casa do Coronel Carlos Pinto e que em conversa externa o
sonho dos moradores da emancipação da Vila a cidade.
Seabra promete que se eleito for e emancipará a Vila.
E em 1912, Seabra se
elege a Governador e no ano seguinte realiza a promessa feita aos
Pojucanos. Em 29 de julho de 1913 sanciona e publica a Lei nº 979 que
decreta a emancipação elevando a categoria de cidade de Pojuca. Constituído por
dois distritos Pojuca e Miranga.
A cidade Pojuca é
banhada pelo rio do próprio nome Rio Pojuca que desemboca em Itacimirim, tem um
percurso de 60 quilometro aproximadamente.
O nome Pojuca é um termo
de origem tupi que significa “raiz podre” através da junção apó ( raiz) e
íuca (podre) logo apo-iuca.
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Referências Bibliograficas
Rêgo, Alfredo.
Copia em Xerox do livro “ historia de Emancipação da Cidade
De Pojuca.