segunda-feira, 29 de julho de 2019

Parabéns, Pojuca!
A cidade está completando seus 106 anos de emancipação política. A observa-se que a cidade vem ao longo dos anos se transformando para um caminhar mais feliz e humano. Parabenizar a cidade é lembrar um pouco do fruto do trabalho daqueles que também fizeram e fazem parte da história e memória do município. Há muito que contar e relembrar... No compito da obra todos deixaram e deixam as suas marcas na historia pojucana, das mais variadas personalidades visíveis e invisíveis e de filhos e filhas ilustres.
Assim, de Alfredinho que deixou os primeiros registrado a historia da cidade, dos livros os Bambangas de José lemos de Santana, dos Prefeitos que com suas obras deram vida a cidade como: Fernando Pereira, Jose Vardes, Walter Mansur, Dr. Luis leite, Eudes Guimarães, a grande Maria Luiza Laudano, Dr. Antonio, Duda leite, atual gestor,aos vereadores da cidade. As Famílias, ao senhor José Carvalho, as Professoras e Professores, a você Motorista, ao Comerciante, a você que carregou água nos barris para abastecer a cidade quando não se tinha água encanada, a você que lavou muita roupa e deu o seu suor para sobrevivência de suas famílias, a você  açougueiro, as fateiras, aos feirantes, a você que fez  o povo dançar, sorrir, cantar, a você que acende as luzes da cidade ao anoitecer, a você que acorda cedo para plantar, colher e vender o seu produto, a você que saiu pra estudar e voltou doutor, as crianças, a juventude, aos idosos, a você que chegou gostou e ficou. Aos funcionários públicos do  grande Paço, a chamada de Prefeitura Municipal. Aos que direta e indiretamente mudaram positivamente o rumo da nossa cidade. 

Ao senhor Bom Jesus da passagem que zela pelos habitantes da cidade!
Parabéns Pojuca, parabéns a você e a nós pojucanos! 

sábado, 29 de julho de 2017

Imagens


https://books.google.com.br/books?id=EFn5DAAAQBAJ&lpg=PT92&dq=as%20noivas%20de%20pojuca%20drummond&hl=pt-BR&pg=PT92#v=onepage&q=as%20noivas%20de%20pojuca%20drummond&f=false
Noiva de Pojuca Drummond

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Somos

Sou desta cidade,
Que hoje completa 103 anos,
Do saudoso rio Pojuca
Dos janeiros e junho em festa
Da micareta e do são João  
Das tripas e dos torresmos do Sr. Pedro
Dos tamancos do Sr. João Pretinho
Do inesquecível Zé Seleiro
Das lavadeiras na fonte do Pau d´arco
Das águas distribuídas em barris
Das enchentes
Do apito do pirulito
Da estação do trem
Dos campos de futebol
Do jardim e da praça
Do namoro e juras de amor, casamentos apaixonados.
Do Padre Astrogildo
Das touradas e calvagadas
Valeu o boi!
Da peteca, do baleado, da pelada.
Dos campeonatos, das gincanas na praça
De muitas personalidades que marcaram gerações
Mudanças, atrasos,
Tudo passa, passa e inova.
Na esperança de um povo hospitaleiro
Que só quer e deseja ser feliz.





terça-feira, 28 de julho de 2015

Minha terra
Que do  aglomerado de choupanas
Passagem, Vila, a cidade.
Serviu de inspiração
 para  muitos escritores.
Dos encontros dos  tropeiros
nas  margens do rio Pojuca
Começa a historia de um povo
Que  vai se  organizando
Invocando ao Bom Jesus.
Do plantio da cana a mandioca,
 o comercio vai  desenvolvendo.
E chega o momento da Vila seguir o seu caminho
O petróleo deu riqueza
 e o sustento  princesinha.
 Cidade de  grandes personalidades
O espaço é pequeno para
Lembrar-se de todos, mas vou prestar.
Minha homenagem  ao  grande animador, médico e professor.
Das grandes festas juninas  Dr. Carlito Silva.
 Paris deu imaginação ao artista da cidade que viajou
Recentemente nos deixando saudades.
Pojuca terra natal mãe e madrasta
 cidade monotoma de  vida simples e hábitos saudáveis
de alguns temos saudades  outros preferimos esquecer
Dos nossos  bailes do clube AIP
Do  banho de rio,  da água de fonte e das brincadeiras gostosas 
hoje esquecidas,  mas vividas nas tecnologias febris.  

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domingo, 19 de julho de 2015

Reconto da Historia da Emancipação da Cidade de Pojuca

A cidade de Pojuca celebra mais um ano de emancipação política.  E da sua  outrora titulação de princesinha do petróleo hoje uma senhora  de 102 anos.  
A luta pela emancipação durou alguns anos. Em 1789 dar-se  criação da Freguesia de Santana do Catu, por Dr.  Antonio Correia. Em  julho de 1868 desmembramento da Vila de Catu do Município de São Francisco do Conde.  Em setembro de 1892 criação do 2º Distrito de Paz de Pojuca. Em 1904 ergue-se a freguesia do Bom Jesus da Passagem  e em 29 de julho de 1913, acontece o grande momento histórico  a emancipação.

“Há oito engenhos de fazer Açúcar, a saber: Laranjeiras, da Pojuca, do Retiro da água Boa, Pimentel, Laranjeiras Nova, Papassu, Terra Nova e das Religiosas de Nossa Senhora do Carmo. Distam um do outro entre uma a duas léguas. Estes engenhos são as maiores povoações de que compõem esta freguesia, porque alem de serem os seus senhores pessoas distintas, trabalham nesta oficina grande quantidades de escravos e muitos homens forros, havendo também muitos lavradores de cana que plantam para moerem nos ditos engenhos, dando-lhes a meação do açúcar como é estilo vivendo estes em suas fazendas distintas que fazem corpo com os mesmos engenhos. De 62 sítios  compõem esta freguesia, que não chegam a ter nome de lugar, nem povoação, pois o maior deles não passa de oito vizinhos que vivem de plantar mandioca para fazer farinha. Há nesta freguesia três capelas filiais: A de Nossa da Soledade, sita no Engenho do Retiro; A de Nossa das Mercês, no Engenho de Pojuca e a de Nossa Senhora do desterro no Engenho das Laranjeiras”.

Reverendo Felipe de Barbosa da Cunha – século XVII, em 1757 ao Rei de Portugal.
De Arraial a cidade o pequeno aglomerado de choupanas e encontros de tropeiros   as margens do Rio Pojuca,  surge  a  “Passagem”  apoio para as tropas e boiadas num indo e vindo do sertão. Núcleo que aos poucos vai se organizando em volta da construção da Capela de taipa com a invocação ao Bom Jesus... Tem seu ponto alto nos sábados com a feira e o comercio que vai se desenvolvendo.  
Em 1888 segundo  Durval de Aguiar “ o importante Arraial de Pojuca” possui 4.197 habitantes. Assim, com o crescimento da população o Conselho Municipal da Vila de Santana de Catu, conferiu ao Arraial em 5 de setembro de 1892 a instalação do segundo Distrito de Paz.
Como declínio da economia açucareira  o sustento  de vida da população  da Vila passou a ser  com o plantio da mandioca, juntamente com comercio do leite, madeira, cereais, numa pequena escala.  De uma maneira  em geral o trabalhador  plantava, colhia e transportava seus produtos  em animais ou pela via férrea.  O produto em especial a farinha de mandioca era  vendida na Vila e transportada para as cidades vizinhas e a capital e para o sertão via Juazeiro.  Uma rotina que só era quebrada quando das enchentes dos rios  Pojuca e Catu.  A vila crescia com o  seu comercio interno e o surgimento de outros vários produtos de necessidades imediatas  mercantilizadas na feira local.     
Do franco desenvolvimento de Pojuca, da  falta de manutenção nas estradas e da falta de interesses  levou a população  a pensar em emancipação.
A frente da emancipação  esteve Coronel Carlos Pinto, forte comerciantes e político influente  apoiado  com outros cidadãos da Vila. Com a passagem candidato Seabra em campanha política para governador, pela Vila de Pojuca a cidade de  Alagoinhas. Nessa parada e em cortejo com a Filarmônica “ recreio Jovial” para um almoço a casa  do Coronel Carlos Pinto e que em conversa externa o sonho dos moradores da emancipação da Vila a cidade.  Seabra  promete que se eleito for e emancipará a Vila.  
E em 1912, Seabra se elege a Governador e no ano seguinte realiza  a promessa feita aos Pojucanos. Em 29 de julho de 1913 sanciona e publica a Lei nº  979 que decreta a emancipação elevando a categoria de cidade de Pojuca. Constituído por dois distritos Pojuca e Miranga.
 A cidade Pojuca é banhada pelo rio do próprio nome Rio Pojuca que desemboca em Itacimirim, tem um percurso de 60 quilometro aproximadamente.
O nome Pojuca é um termo de origem tupi que significa “raiz podre” através da junção apó ( raiz)  e íuca (podre) logo apo-iuca.

...
Referências Bibliograficas
Rêgo, Alfredo.  Copia  em Xerox  do livro “ historia de Emancipação da Cidade   
        De Pojuca. 




sexta-feira, 14 de março de 2014

https://books.google.com.br/books?id=EFn5DAAAQBAJ&lpg=PT92&dq=as%20noivas%20de%20pojuca%20drummond&hl=pt-BR&pg=PT92#v=onepage&q=as%20noivas%20de%20pojuca%20drummond&f=false

Noiva de Pojuca DrummondEm homenagem a Castro Alves, 14 de março  dia da poesia!

APROXIMAÇÃO DA CAPITAL
(do livro Pau-Brasil)
 
Trazem-nos poemas no trem
Azuis e vermelhos
Como a terra e o horizonte
É um hotel rigorosamente familiar
Que oferece vantagens reais
Aos dignos forasteiros
Havendo o máximo escrúpulo na direção da cozinha
Casas defendem o vosso próprio interesse
Proporcionando-vos uma economia
De 2$000, de 3$000
Impermeáveis
Borzeguins
Pijamas.
Soidão
Chove chuva choverando
Que a cidade de meu bem
Está-se tôda se lavando
Senhor
Que eu não fique nunca
Como êsse velho inglês
Aí do lado
Que dorme numa cadeira
À espera de visitas que não vêm
Chove chuva choverando
Que o jardim de meu bem
Está-se todo se enfeitando
A chuva cai
Cai de bruços
A magnólia abre o pára-chuva
Pára-sol da cidade
De Mário de Andrade
A chuva cai
Escorre das goteiras do domingo
Chove chuva choverando
Que a casa de meu bem
Está-sa tôda se molhando
Anoitece sôbre os Jardins
Jardim da Luz
Jardim da Praça da República
Jardins das platibandas
Noite
Noite de hotel
Chove chuva choveirando

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POEMINHA DO CONTRA
MÁRIO QUINTANA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

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MUDANÇA
CLARICE LISPECTOR

Mude, mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a
velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,
calmamente, observando com
atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os seus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia,
ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama...
Depois, procure dormir em outras camas
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, o novo sabor,
o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida,
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete,
outro creme dental...
Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas,
troque de carro, compre novos
óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros,
outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um outro emprego,
uma nova ocupação,
um trabalho mais light, mais prazeroso,
mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já
conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco,
sem o qual a vida não vale a pena!!!

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MANOEL DE BARROS
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas
mais que a dos mísseis.
Tenho em mim
esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância
de ser feliz por isso.
Meu quintal
É maior do que o mundo.

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TRADUZIR-SE
FERREIRA GULLAR

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
....................

PÁLIDA INOCÊNCIA
ÁLVARES DE AZEVEDO

Por que, pálida inocência,
Os olhos teus em dormência
A medo lanças em mim?
No aperto de minha mão
Que sonho do coração
Tremeu-te os seios assim?
E tuas falas divinas
Em que amor lânguida afinas
Em que lânguido sonhar?
E dormindo sem receio
Por que geme no teu seio
Ansioso suspirar?
Inocência! quem dissera
De tua azul primavera
As tuas brisas de amor!
Oh! quem teus lábios sentira
E que trêmulo te abrira
Dos sonhos a tua flor!
Quem te dera a esperança
De tua alma de criança,
Que perfuma teu dormir!
Quem dos sonhos te acordasse,
Que num beijo t’embalasse
Desmaiada no sentir!
Quem te amasse! e um momento
Respirando o teu alento
Recendesse os lábios seus!
Quem lera, divina e bela,
Teu romance de donzela
Cheio de amor e de Deus!

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EXERCÍCIO Nº 1
HILDA HIST

Se permitires
Traço nesta lousa
O que em mim se faz
E não repousa:
Uma Idéia de Deus.
Clara como Coisa
Se sobrepondo
A tudo que não ouso.
Clara como Coisa
Sob um feixe de luz
Num lúcido anteparo.
Se permitires ouso
Comparar o que penso
O Ouro e Aro
Na superfície clara
De um solário.
E te parece pouco
Tanta exatidão
Em quem não ousa?
Uma idéia de Deus
No meu peito se faz
E não repousa.
E o mais fundo de mim
Me diza apenas: Canta,
Porque à tua volta
É noite. O Ser descansa.
Ousa.

......................
RETRATO
CECÍLIA MEIRELES


Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
......................
AS POMBAS
RAIMUNDO CORREIA

Vai-se a primeira pomba despertada…
Vai-se outra mais… mais outra… enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada.
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada.
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem… Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais.